sexta-feira, 9 de maio de 2008

Elemento do Mês de Maio

Os nossos elementos do mês de Maio são as actrizes Tânia Santos (08.05) e Susana Alves (12.05) visto que, festejam os seus aniversários. A elas, os nossos votos de um Feliz Aniversário!
Tan ta ra ran tan... Veto, Veto!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Elemento do Mês de Abril

Os nossos elementos do mês de Abril são as actrizes Filomena Caetano (01.04), São Marecos (09.04) e os actores Bruno Alves (28.04), Francisco Selqueira (07.04), Pedro Salvador (13.04) e o encenador José Ramos (16.04), visto que, festejam os seus aniversários. A eles, os nossos votos de um Feliz Aniversário!
Tan ta ra ran tan... Veto, Veto!






Mais fotos brevemente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Comemorações

Entre as várias actividades que a cidade de Santarém propõe para comemorar o Dia Mundial do Teatro e celebrar essa arte maior, o Veto Teatro Oficina irá apresentar a sua mais recente produção para crianças, intitulada "Na Corte do Rei Príncipe". O espectáculo será apresentado no Teatro Sá da Bandeira, no próximo Sábado dia 29/03, às 16 horas. O espectáculo está indicado para maiores de 4 anos e a entrada é gratuita!
Vamos divertir-nos, aprender, cantar e sorrir e, acima de tudo, VAMOS CELEBRAR O TEATRO!
Apareçam!!!

Tan, ta, ran, ran, tan...Veto, Veto!!!

Dia Mundial do Teatro

TEATRO OBRIGATÓRIO UNIVERSAL (T.O.U)

"Por que é que os Teatros estão vazios? Pura e simplesmente porque o público não vai lá. De quem é a culpa? Unicamente do Estado. Se cada um de nós se visse obrigado a ir ao Teatro, as coisas mudavam completamente de figura. Por que não instituir o teatro obrigatório? Por que é que se instituiu a escola obrigatória? Porque nenhum aluno ia à escola se não fosse obrigado. É verdade que era mais difícil instituir o teatro obrigatório, mas com boa vontade e sentido do dever, não é facto que tudo se consegue? E além do mais, não será o teatro uma escola? Então…O teatro obrigatório podia, ao nível das crianças, iniciar-se com um repertório que apenas incluísse contos como o “Pequeno Polegarzão” ou “O Lobo Mau e as Sete Brancas de Neve”…Numa grande cidade pode haver – admitamos – cem escolas. Com mil crianças por escola todos os dias, teremos cem mil crianças. Estas cem mil crianças vão de manhã à escola e à tarde ao teatro obrigatório. Preço de entrada por pessoa-criança: cinquenta cêntimos – a expensas do Estado, é claro – dá, cem teatros cada um com mil lugares sentados: 500 euros por teatro, faz portanto 50.000 euros para cem teatros, por cidade. Quantos actores não arranjavam trabalho! Instituindo, distrito a distrito, o teatro obrigatório, modificava-se por completo a vida económica. Porque não é bem a mesma coisa pensarmos: “Vou ou não vou hoje ao teatro?” ou pensarmos: “Tenho que ir ao teatro!”. O teatro obrigatório levava o cidadão em causa a renunciar voluntariamente a todas as outras estúpidas distracções, às cartas, às discussões políticas na taberna, aos encontros amorosos e a todos esses jogos de sociedade que nos tomam e devoram o tempo todo. Sabendo que tem de ir ao teatro, o cidadão já não será forçado a optar por um espectáculo, nem a perguntar-se se irá ver o Fausto em vez de outra coisa qualquer – não, assim é obrigado a ir, cause-lhe o teatro horror ou não, trezentas e sessenta e cinco vezes por ano ao teatro. Ir à escola também causa horror ao menino da escola e no entanto ele lá vai porque a escola é obrigatória. Obrigatório! A imposição! Só pela imposição é que hoje se consegue obrigar o nosso público a vir ao teatro. Tentou-se, durante dezenas e dezenas de anos, convencê-lo com boas palavras e está-se a ver o resultado! Truques publicitários para atrair as massas, no género de “A sala está aquecida” ou “É permitido fumar no foyer durante o intervalo” ou ainda “Os estudantes e os militares, desde o general ao soldado raso, pagam meio bilhete”, todas estas astúcias não conseguiram encher os teatros, como estão a ver! E tudo o que se gasta num teatro com publicidade passará a ser economizado a partir do momento em que o teatro se torne obrigatório. Será porventura necessário pagar publicidade para se mandar as crianças à escola obrigatória? Como também deixará de haver problemas com o preço dos lugares. Já não dependerá da condição social, mas das fraquezas ou da invalidez dos espectadores. Da primeira à quinta fila, ficarão os surdos e os míopes! Da sexta à décima, os hipocondríacos e os neurasténicos! Da décima à décima quinta, os doentes da pele e os doentes da alma. E os camarotes, frisas e galerias serão reservados aos reumáticos e aos asmáticos. Tomemos por exemplo uma cidade como Lisboa: descontando os recém-nascidos, das crianças com menos de oito anos, dos velhos e entrevados, podemos contar com cerca de dois milhões de pessoas submetidas ao teatro obrigatório, o que é um número bastante superior ao que o teatro facultativo nos oferece. Ensinou-nos a experiência que não é aconselhável que os bombeiros sejam voluntários e por isso se constituiu um corpo de bombeiros. Por que razão o que se aplica aos bombeiros não se aplicará também ao teatro? Existe uma íntima relação entre os bombeiros e o teatro. Eu que ando pelos bastidores dos teatros há tantos anos, nunca montei nem vi uma só peça que não tivesse um bombeiro presente na sala. O T.O.U., Teatro Obrigatório Universal, que propomos, chamará ao teatro numa cidade como Lisboa*, cerca de dois milhões de espectadores. É pois necessário que, numa cidade como Lisboa, haja: ou vinte teatros de cem mil lugares, ou quarenta salas de cinquenta mil lugares, ou cento e sessenta salas de doze mil e quinhentos lugares, ou trezentas salas de seis mil duzentos e cinquenta lugares, ou seiscentas e quarenta salas de três mil cento e vinte cinco lugares ou dois milhões de teatros de um único lugar. É preciso que cada um trabalhe no Teatro para se dar conta da força que daí nos pode advir, quando o ambiente de uma sala à cunha, com o público de – digamos – cinquenta mil pessoas nos arrebata! Aqui tendes o verdadeiro meio de ajudar os teatros que estão pelas ruas da amargura. Não se trata de distribuir bilhetes à borla. Não, há que impor o teatro obrigatório! Ora quem poderá impor senão… o ESTADO."
Karl Valentin
* No texto original a cidade não é Lisboa, sendo que este texto foi adaptado e retirado do blog "Fora de Cena"

segunda-feira, 17 de março de 2008

Peça sobre vida e obra de Bernardo Santareno no palco em todo o país!

O jovem místico e temente a Deus, filho de um revolucionário natural do Espinheiro que foi deportado para Angola, transformou-se num autor que fez dos seus textos gritos contra a opressão e a discriminação.

As cartas de amor que António Martinho do Rosário escreveu a uma senhora de Abrantes constituem parte importante da fonte documental que permitiu ao Veto Teatro Oficina reconstituir a vida e obra do homem que ficou famoso sob o pseudónimo de Bernardo Santareno.

O grupo de teatro de Santarém vai levar à cena pelo país fora de Março até Junho a produção “Bernardo Santareno Nos Túneis da Liberdade”. Uma oportunidade para se ficar a conhecer melhor o homem e o dramaturgo que nasceu em Santarém em 1920 e faleceu em Lisboa em 1980, na reportagem do blog da peça.