quinta-feira, 27 de março de 2008

Comemorações

Entre as várias actividades que a cidade de Santarém propõe para comemorar o Dia Mundial do Teatro e celebrar essa arte maior, o Veto Teatro Oficina irá apresentar a sua mais recente produção para crianças, intitulada "Na Corte do Rei Príncipe". O espectáculo será apresentado no Teatro Sá da Bandeira, no próximo Sábado dia 29/03, às 16 horas. O espectáculo está indicado para maiores de 4 anos e a entrada é gratuita!
Vamos divertir-nos, aprender, cantar e sorrir e, acima de tudo, VAMOS CELEBRAR O TEATRO!
Apareçam!!!

Tan, ta, ran, ran, tan...Veto, Veto!!!

Dia Mundial do Teatro

TEATRO OBRIGATÓRIO UNIVERSAL (T.O.U)

"Por que é que os Teatros estão vazios? Pura e simplesmente porque o público não vai lá. De quem é a culpa? Unicamente do Estado. Se cada um de nós se visse obrigado a ir ao Teatro, as coisas mudavam completamente de figura. Por que não instituir o teatro obrigatório? Por que é que se instituiu a escola obrigatória? Porque nenhum aluno ia à escola se não fosse obrigado. É verdade que era mais difícil instituir o teatro obrigatório, mas com boa vontade e sentido do dever, não é facto que tudo se consegue? E além do mais, não será o teatro uma escola? Então…O teatro obrigatório podia, ao nível das crianças, iniciar-se com um repertório que apenas incluísse contos como o “Pequeno Polegarzão” ou “O Lobo Mau e as Sete Brancas de Neve”…Numa grande cidade pode haver – admitamos – cem escolas. Com mil crianças por escola todos os dias, teremos cem mil crianças. Estas cem mil crianças vão de manhã à escola e à tarde ao teatro obrigatório. Preço de entrada por pessoa-criança: cinquenta cêntimos – a expensas do Estado, é claro – dá, cem teatros cada um com mil lugares sentados: 500 euros por teatro, faz portanto 50.000 euros para cem teatros, por cidade. Quantos actores não arranjavam trabalho! Instituindo, distrito a distrito, o teatro obrigatório, modificava-se por completo a vida económica. Porque não é bem a mesma coisa pensarmos: “Vou ou não vou hoje ao teatro?” ou pensarmos: “Tenho que ir ao teatro!”. O teatro obrigatório levava o cidadão em causa a renunciar voluntariamente a todas as outras estúpidas distracções, às cartas, às discussões políticas na taberna, aos encontros amorosos e a todos esses jogos de sociedade que nos tomam e devoram o tempo todo. Sabendo que tem de ir ao teatro, o cidadão já não será forçado a optar por um espectáculo, nem a perguntar-se se irá ver o Fausto em vez de outra coisa qualquer – não, assim é obrigado a ir, cause-lhe o teatro horror ou não, trezentas e sessenta e cinco vezes por ano ao teatro. Ir à escola também causa horror ao menino da escola e no entanto ele lá vai porque a escola é obrigatória. Obrigatório! A imposição! Só pela imposição é que hoje se consegue obrigar o nosso público a vir ao teatro. Tentou-se, durante dezenas e dezenas de anos, convencê-lo com boas palavras e está-se a ver o resultado! Truques publicitários para atrair as massas, no género de “A sala está aquecida” ou “É permitido fumar no foyer durante o intervalo” ou ainda “Os estudantes e os militares, desde o general ao soldado raso, pagam meio bilhete”, todas estas astúcias não conseguiram encher os teatros, como estão a ver! E tudo o que se gasta num teatro com publicidade passará a ser economizado a partir do momento em que o teatro se torne obrigatório. Será porventura necessário pagar publicidade para se mandar as crianças à escola obrigatória? Como também deixará de haver problemas com o preço dos lugares. Já não dependerá da condição social, mas das fraquezas ou da invalidez dos espectadores. Da primeira à quinta fila, ficarão os surdos e os míopes! Da sexta à décima, os hipocondríacos e os neurasténicos! Da décima à décima quinta, os doentes da pele e os doentes da alma. E os camarotes, frisas e galerias serão reservados aos reumáticos e aos asmáticos. Tomemos por exemplo uma cidade como Lisboa: descontando os recém-nascidos, das crianças com menos de oito anos, dos velhos e entrevados, podemos contar com cerca de dois milhões de pessoas submetidas ao teatro obrigatório, o que é um número bastante superior ao que o teatro facultativo nos oferece. Ensinou-nos a experiência que não é aconselhável que os bombeiros sejam voluntários e por isso se constituiu um corpo de bombeiros. Por que razão o que se aplica aos bombeiros não se aplicará também ao teatro? Existe uma íntima relação entre os bombeiros e o teatro. Eu que ando pelos bastidores dos teatros há tantos anos, nunca montei nem vi uma só peça que não tivesse um bombeiro presente na sala. O T.O.U., Teatro Obrigatório Universal, que propomos, chamará ao teatro numa cidade como Lisboa*, cerca de dois milhões de espectadores. É pois necessário que, numa cidade como Lisboa, haja: ou vinte teatros de cem mil lugares, ou quarenta salas de cinquenta mil lugares, ou cento e sessenta salas de doze mil e quinhentos lugares, ou trezentas salas de seis mil duzentos e cinquenta lugares, ou seiscentas e quarenta salas de três mil cento e vinte cinco lugares ou dois milhões de teatros de um único lugar. É preciso que cada um trabalhe no Teatro para se dar conta da força que daí nos pode advir, quando o ambiente de uma sala à cunha, com o público de – digamos – cinquenta mil pessoas nos arrebata! Aqui tendes o verdadeiro meio de ajudar os teatros que estão pelas ruas da amargura. Não se trata de distribuir bilhetes à borla. Não, há que impor o teatro obrigatório! Ora quem poderá impor senão… o ESTADO."
Karl Valentin
* No texto original a cidade não é Lisboa, sendo que este texto foi adaptado e retirado do blog "Fora de Cena"

segunda-feira, 17 de março de 2008

Peça sobre vida e obra de Bernardo Santareno no palco em todo o país!

O jovem místico e temente a Deus, filho de um revolucionário natural do Espinheiro que foi deportado para Angola, transformou-se num autor que fez dos seus textos gritos contra a opressão e a discriminação.

As cartas de amor que António Martinho do Rosário escreveu a uma senhora de Abrantes constituem parte importante da fonte documental que permitiu ao Veto Teatro Oficina reconstituir a vida e obra do homem que ficou famoso sob o pseudónimo de Bernardo Santareno.

O grupo de teatro de Santarém vai levar à cena pelo país fora de Março até Junho a produção “Bernardo Santareno Nos Túneis da Liberdade”. Uma oportunidade para se ficar a conhecer melhor o homem e o dramaturgo que nasceu em Santarém em 1920 e faleceu em Lisboa em 1980, na reportagem do blog da peça.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Foto com as alunas da EPGE Entroncamento

Obrigado pelo envio da foto. Espero que tenham gostado do espectáculo, assim como nós gostámos de representar para todos vós na ExpoCriança 2008. Esperemos que em futuras actuações, apareçam para nos verem, para isso basta consultarem regularmente o nosso blog. Neste momento também temos em cena a peça "Bernardo Santareno...nos Túneis da Liberdade" para adultos. Blog da peça aqui. Temos hi5, para o caso de quererem juntar-se a nós.
Para vocês aqui vai:
Tan ta ra ran tan...Veto, Veto!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Elemento do Mês de Março

Os nossos elementos do mês de Março são as actrizes Leónia Santos e Maria José Couto e o actor António Júlio, visto que, festejam os seus aniversários a 09.03, 16.03 e 25.03 respectivamente. A eles, os nossos votos de um Feliz Aniversário!
Tan ta ra ran tan... Veto, Veto!





quarta-feira, 5 de março de 2008

Na Corte do Rei Príncipe

Aqui ficam algumas imagens do ensaio geral da peça!!!









E por fim, a família Veto que construíu esta peça!!!
[À Sandra, à Angelina, ao António Júlio, ao Chico Cercas, ao Ramos, ao Eliseu, ao Helder, ao Nuno Domingos e ao Nuno Salvador o maior obrigado do mundo da equipa do Rei Príncipe!!!]





Tan-ta-ra-ran-tan...Veto, Veto!

terça-feira, 4 de março de 2008

Histórias da História de Portugal

O Veto Teatro-Oficina estreia amanhã, na ExpoCriança, em Santarém, uma nova peça para crianças, intitulada "Na Corte do Rei-Príncipe". Com base numa obra literária sobre a História de Portugal para crianças, Eliseu Raimundo adaptou o texto para teatro e Nuno Domingos encenou.
Este trabalho é o primeiro de uma nova iniciativa do Veto chamada "Histórias na História de Portugal", que pretende recriar para teatro vários episódios da história vasta do país, tentando ir sempre ao encontro dos programas escolares em vigor, nesta área.
Até dia 9 de Março estará, então, em cena na ExpoCriança (CNEMA), em Santarém, "Na Corte do Rei-Príncipe", com Ana Gargaté, Bruno Alves e Susana Alves no elenco, desenho de luz e som de Helder Santos e encenação de Nuno Domingos. As apresentações são de quarta a sexta às 10h15 e às 14h e no Sábado e Domingo às 14h! Apareçam!!!
Tan-ta-ra-ran-tan...Veto, Veto!