sábado, 28 de junho de 2008

Teatro da Trindade

Para quem como nós faz teatro por amor, qualquer palco, qualquer canto, qualquer lugar serve para expandir e transpor esta arte. Mas como em tudo na vida, existem sítios mais especiais. No mundo do Teatro existem palcos míticos, lendários, tanto pela beleza das suas salas, como pela dimensão que apresentam, mas sobrertudo pelas histórias que contam do que lá se passou, do que lá se viveu. O Veto, ao longo da sua existência tem tido o privilégio de actuar em palcos variados, lendários, um pouco port todo o país e também fora de Portugal.
A digressão de "Bernardo Santareno nos túneis da Liberdade" permitiu que, mais uma vez, o Veto pudesse actura num dos mais emblemáticos palcos do nosso país: o Teatro da Trindade. No passado dia 03 de Maio, o Veto foi recebido calorosamente por uma plateia cheia e por uma extraordinária equipa que tudo fez para que nada falhasse nem faltasse.
Foi, de facto, uma experiência intensa e emocionate que para sempre iremos recordar com carinho e orgulho.
Fica a imagem de grupo e a nota de imprensa sobre este momento inesquecível!

"O muito público presente no Teatro da Trindade em Lisboa, aplaudiu longamente e de pé, o Veto Teatro Oficina e o seu espectáculo “Bernardo Santareno … Nos Túneis da Liberdade“, no passado do sábado, dia 3 de Maio. A apresentação em Lisboa vinha sendo preparada já há algum tempo. A organização que envolveu o Círculo Cultural, o INATEL / Teatro da Trindade e a Câmara de Santarém, procurou atrair com sucesso, personalidades da área do espectáculo, e foi coroada de sucesso, com a presença de actores e músicos bem conhecidos, além de outras pessoas ligadas ao mundo do espectáculo que, conferiram à sessão um frenesim mais acentuado, que as primeiras cenas rapidamente fizeram desaparecer.Um ritmo perfeito, um tempo e uma representação de grande qualidade, uma sintonia de marcações exemplar, um desempenho técnico verdadeiramente soberbo, conferiram a esta deslocação do Veto a Lisboa uma elevadíssima qualidade, bem atestada pela interrupção do espectáculo com aplausos e pelo apreço final com que o publico brindou os actores, desde os mais jovens aos mais experientes.“Bernardo Santareno … Nos Túneis da Liberdade“, chega a este espectáculo, com uma rodagem assinalável por palcos da nossa região. Até agora, o Veto já tinha apresentado com grande êxito, esta produção sobre a vida do grande dramaturgo natural de Santarém, para além da cidade, onde foi à cena dez vezes, em Abrantes, Sobral de Monte Agraço, Almeirim, Rio Maior, Cartaxo, Baixa da Banheira, Almada e Montijo, a que se juntou agora o teatro da Trindade, estando previstas mais algumas apresentações até às férias.Para o Veto e para o seu projecto de dar a conhecer o grande dramaturgo que indiscutivelmente é Bernardo Santareno, esta foi uma jornada de grande satisfação e prazer.Recorda-se que a peça estruturada a partir de textos de José Ramos e Fernanda Narciso, e com leves alterações excertos de trabalhos do próprio autor, em que a vasta epistolografia tem particular importância, conta em duas partes, a vida de António Martinho do Rosário, desde o seu nascimento, passando pela ingenuidade juvenil, a personalidade forte do pai, o carinho da mãe, a fé religiosa, as muitas apaixonadas que lhe dedicaram amores eternos, até à sua licenciatura em Coimbra (primeira parte).Depois, foi o voltar para Lisboa, as dificuldades, as perseguições, os amigos, a censura dos seus trabalhos, a admiração do mundo artístico, a doença e as dificuldades e finalmente a liberdade, a coisa que mais ambicionou, neste leitura do Veto Teatro Oficina.É com esse imenso grito de regozijo com a vida e com a liberdade que o espectáculo termina, assinalando a reconciliação do homem consigo próprio e com o mundo que o rodeava.Bernardo Santareno, António Martinho do Rosário faleceu em 1980, mas essa é conta de outro rosário, pois o Veto optou por homenagear Santareno, terminando o espectáculo com o 25 de Abril de 1974.Como sempre, o espectáculo terminou com o representante do grupo a dar conta do prazer em ter podido realizar a função e agradecendo ao público por lho ter permitido, concluindo com a solicitação de sempre:"Se gostaram digam aos Vossos amigos, se não gostaram digam aos Vossos inimigos, mas digam, nós vamos andar por aí num teatro do país a apresentar “Bernardo Santareno … Nos Túneis da Liberdade“".

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